segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sem palavras bonitas

Eu não preciso carregar o mundo nas minhas costas. Se eu mal consigo aguentar o meu próprio mundo, como eu aguentaria o mundo dos outros?
Quando foi que as pessoas esqueceram que eu também tenho vida? Se elas se tornam tão irresponsáveis a ponto de fazerem merda na vida DELAS, eu tenho que consertar? Não. Pois ninguém me ajuda quando eu preciso. Quer dizer, poucas são as pessoas que pelo menos me ouvem. Bom, eu também as ouço.

Estou me sentindo uma merda, em um monte de merda, numa merda maior ainda.

Estou me sentindo sufocada, quero gritar, parar, respirar, me acalmar. Caramba, as pessoas não param pra pensar que você também tem uma porra de vida?

É incrível como todos passam por você, como você passa por todos, e em um mesmo ônibus existem tantas almas vazias. Eu não lembro quando foi a última vez que eu me senti "eu". Mesmo que de uma forma boa ou ruim. Sinto-me vazia, automática, robotizada. Há meses.

Como se eu estivesse me afogando. Como se eu soubesse que estou em afogando, mas não tivesse sentido.

Isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário